Artista Camilo Maia

CAMILO MAIA


Camilo Maia é Programador Visual formado pela UFPE, designer & artista gráfico e fanzineiro de longa data, também atuando como professor de fanzine e artes reprodutíveis já há quase 20 anos. Punk-rocker em tempo integral, vocalista desde sempre da banda street punk SUBVERSIVOS e um ilustrador nas horas livres, desde muito tempo encontrou na cultura seu campo de trabalho e na comunicação visual a sua práxis. Nos últimos anos tem desenhado, criado capas, cartazes, flyers, identidades visuais e realizado projetos gráficos fora do convencional, sua paixão, diagramando para livros, revistas, zines e quadrinhos diversos através do coletivo editorial Livrinho de Papel Finíssimo, de Recife. Se reivindica mineiro de nascença, sergipano de coração e pernambucano por opção, mas não passa de mais um internacionalista.


Processo Artístico


“Sou um desenhista esporádico. Daí que a minha prática é de descoberta, pra cada ilustração. Não consigo simplesmente sentar e desenhar direto. Sou travado, mesmo! Dependo muito de passar um tempo pensando sobre o tema que vai ser desenhado. A imagem mental que guia minha mão na hora que sento pra desenhar não vem imediatamente, quando o tema do desenho é definido. É inicialmente confuso e misturado, e à medida que vou pensando sobre o que quero representar dentro desse tema, mais eu vou vendo ele na minha cabeça. Quando eu vejo essa imagem geral, a etapa mais importante passa a ser o esboço de lápis no papel, em cima do qual eu rabisco, apago e refaço traços principais inúmeras vezes, até chegar naquele conjunto de riscos que são o mais próximo que consigo da minha imagem mental.

Uma vez com o rabisco inteiro mostrando o tema que eu queria e também me entusiasmando, aí sim eu passo pra etapa que eu mais gosto e me divirto, que é a arte final! Até trabalho com cores de vez em quando, mas quando é meu prazer que tá na balança, os materiais que mais gosto são as canetas nanquim de várias espessuras pra definir os traços e o grafite 6B pra trabalhar os volumes e o claro escuro do desenho. Começo com as diversas espessuras de riscos, entre principais e secundários, para depois me sujar a vontade com o preenchimento do desenho com o grafite do 6B. Por fim, uso borracha pra sumir com a sujeira das bordas, quando ela é demais, e acender as iluminações do desenho. E tá feito.”