Artista Lennon Dux

LENNON DUX


Lennon Dux atualmente tem 44 anos, pai de 2 filhos. Teve seu contato com a cena punk paulistana em 1991. Desde então fez parte de bandas tais como RDH e Sociopatas. Atualmente ativa em projetos musicais mais recentes como Desfecho e Riscos Sonoros, tentando cantar, tocar teclado e baixo, bem como participando desde sempre de outras atividades veiculadas na cena punk de São Paulo quando possível, na maioria das vezes como DJ. Não tem formação em nada relacionado a artes, tendo curso de Licenciatura em História. Atualmente iniciou um projeto de grafitar muros onde, juntamente com sua cria de 5 aninhos, desenha um boneco maluco representando um pai e um bonequinho maluquinho representando a cria, onde este brada a mensagem: “Cuida bem das crias !!!”


Processo Artístico


“Na vero, posso cravar que nunca me interessei por desenho ou pintura, tampouco tenho “dom natural” (se é que isso existe...). Porém, no início dos anos 90, era muito difícil encontrar à venda camisetas de bandas que eu ouvia freneticamente. Encomendei então uma camiseta pintada a mão por um parceiro da cena Metal (é uma prática bem comum do pessoal Metal daqui desde os anos 80 “pintar peitas”), porém o preço tava meio “salgado” (mas justo, pelo trampo que dá). Então, meti a mão na massa, e, com a ajuda de um bom decalque, as camisetas foram saindo e melhorando de pouco em pouco o traço e a arte final. Salutar frisar que, sua grande maioria, faço reprodução fiel de capa do disco, não costumo alterar o desenho, tampouco usar a banda pra criar um desenho próprio, até em respeito á própria banda, pois, vai que, se ver a peita, os caras não curtem a ideia do desenho né?

Foram então brotando encomendas de pessoas que, como eu, respiram música no seu dia-a-dia. Encomendas essas por vezes aceitas e entregues, mas, confesso que, por vezes, eu fico “enrolando” a pessoa que encomendou, até eu “jogar limpo” e falar que tô sem tempo pra fazer. Algumas ficam putas comigo! Mas depois que explico que já cheguei a ficar 3 dias pintando uma peita, que tenho criança pequena em casa, e pago uma cerveja, as relações se estabilizam...

Em suma, pintar as camisetas não virou profissão, tampouco hobby, mas sim uma súbita inspiração de fazer mais uma “peita” quando determinado som ativa o processo criativo”